terça-feira, 30 de março de 2010

O destino de dois corpos e almas

Eduardo caminhava tranquilo pela cidade. Parou em uma lanchonete para tomar um suco de laranja. Enquanto esperava notou uma suntuosa mulher sentada em uma mesa mais distante. A mulher vestia um quimono vermelho bordado. O contraste de seus cabelos longos, lisos, negros e espessos com a sua pele branca foi que deixou Eduardo atordoado.

Era uma japonesa de olhos negros intrigantes, que olhava para um ponto da lanchonete fixamente, enquanto tomava sua xícara de chá. O moço ficou tomado de uma espécie de curiosidade e timidez. Nada fez, retomou sua caminhada sentido a sua casa.

Naquela noite, teve sonhos perturbadores, e a japonesa esteve presente em todos eles. Olhando intrigantemente para ele. Eduardo acordou várias vezes durante a noite e se colocou a pensar naquela exótica beleza, e o que será que ela fazia pela aquela cidade monótona.

No dia seguinte, tanto era sua perturbação, voltou ao mesmo lugar que tomara o seu suco, na mesma hora do dia. E, ham, lá estava a exótica mulher. Agora, vestia um quimono azul e os cabelos estavam presos com aqueles palitinhos, em um coque perfeito. Lembrara que tinha imaginado aquela figura em quadros japoneses, aqueles que ele estudara superficialmente na escola, como os tipo de desenhos que influenciaram artistas ocidentais como Monet. Passou um pouco mais de tempo na cafeteria dessa vez, observando a oriental, dona de uma pele de porcelana. A mulher mantinha sua mesma pose e face intrigantes do dia anterior. Olhava fixamente, com seus olhos puxados, os quadros da parede e as pessoas que passavam pela rua, pela janela redonda ao lado de sua mesa, a mesma do dia anterior. A curiosidade de Eduardo o fez ficar ali plantado esperando qualquer movimentação por parte da oriental.

Foi quando uma outra mulher entrou no lugar, como quem procura por alguém. Essa era uma mulher pomposa, com cabelos ala Marlyn Monroe e usava muitas jóias, uma ofuscando a outra. Além do seu look over, o comportamento também se distanciava bastante da sutileza da mulher oriental. Mas, era ela mesma quem a loira procurava. Foi diretamente à mesa da japonesa, a cumprimentou com três beijos barulhentos, e as duas começaram a conversar em inglês. A loira, tipão nova rica, falava um inglês macarrônico, enquanto a japonesa além de falar baixo e claramente, tinha um elegante sotaque britânico.

Eduardo já estava sendo indiscreto ao observar esse estranho encontro, porém se deteve ali por mais uns 5 minutos e foi embora ainda mais intrigado. Depois, em todos os lugares por onde passou perguntou sobre aquela mulher, o que estaria ela fazendo na cidade, foi até a uma cartomante e descreveu seus sonhos com os olhos negros daquela mulher. A cigana tirou cartas no tarô e deixou o homem ainda mais intrigado. As cartas diziam que eles se conheciam de vidas passadas, e que certamente voltariam a se encontrar até novembro do ano corrente. A cartomante afirmou ainda que aquela mulher lhe mudaria a vida. Seria um encontro chocante, que colocaria em dúvida muito de suas crenças e conceitos. E assim seguiu Eduardo caminhando ainda mais reflexivo. Um pouco descrente no exagero empregado pela cigana - mudar o que afinal? – ele já não se sentia nada radical, apesar de saber que sua criação conservadora deixara cicatrizes em sua personalidade.

Ao entardecer, recebeu a chamada de seu bem humorado amigo Julio:

- E ai duzão, qual é a boa de hoje?

- Oras, mas que pergunta julinho, você é quem sempre agita nossas noites de sexta.

- Pois é, sei bem disso. Por isso mesmo que liguei, hoje a noite vai ser quente.

- Diga então, onde vamos?

- Um colega de trabalho me convidou para uma festinha particular, e posso te levar comigo.

- Que massa, festinha de quem?

- Parece que de uma gringas que estão aqui pela cidade, e tão querendo conhecer gente.

- Ok, fechado. A que horas?

- Te pego às 9h ai no apê.

- Beleza, te espero então.

Sem saber, Eduardo já estava se preparando para o encontro com a tão intrigante japa. Tomou um banho demorado, fez a barba, ajeitou o cabelo, vestiu sua melhor camisa e se perfumou.

Às 9h em ponto Julio já está na porta, entra, cumprimenta e vai até a geladeira buscar uma cerveja. Pega 4 latas geladas e vão os dois para o carro. Entre paradas para comprar cigarro e encher o tanque, as 9h45 chegam ao endereço da tal festa. Ao abrirem a porta, para a supresa de Eduardo, era a Loira perua que tinha visto na cafeteria.

Se apresentaram educadamente, e foram entrando pelo grande hall da casa. Apesar do mau gosto da mulher em suas roupas, a decoração estava bem clean e interessante. Tinha luzes coloridas, localizadas estrategicamente e belos vasos e quadros com temas nipônicos. Ao serem apresentados ao resto dos convidados Eduardo dá de cara com a japa dos seus sonhos. Usava um vestido branco curto e colado ao corpo, que lhe marcava as curvas sedutoramente sem chegar a ser vulgar. A mulher estava deslumbrante, com os olhos bem pintados e a boca em tons de vermelho sangue. O que fez com que o sangue de Eduardo esquentasse, dando arrepios em sua pele. Finalmente foi apresentar-se e descobriu o seu nome, Manko. – Bela Manko – pensou, quase soltando em voz alta. O pobre homem quase perdeu as palavras ao dizer seu nome, e muito prazer, o que fez a moça rir timidamente. Manko nem poderia imaginar que seu olhar e cheiro fizeram tremer as pernas de Eduardo.

O resto da noite se passou de forma discontraída e divertida. Todos os convidados beberam saquê e cervejas, comeram quitutes, e conversaram principalmente sobre suas diversidades culturais. Estavam presentes na festa três pessoas da cidade, dois ou três americanos, um japonês, uma russa e as duas anfitriãs, Chiara, a loira que se descubriu depois ser italiana, e Manko, a japonesa. Quando já havia passado da meia-noite tiveram que abaixar o som, mas o bom papo, as risadas e a bebedeira se mantiveram até às 2h da manhã.

Todos começaram a ir embora, Julio também já se sentia exausto e queria ir, mas Eduardo tinha engatado uma conversa ao pé do ouvido com Manko que parecia não ter hora pra acabar, então se conformou em se acomodar no sofá. Chiara já tinha ido para o quarto com um dos americanos, e pelo silêncio os dois já deveriam ter adormecido. E mesmo nesse ambiente, Manko e Eduardo se sentiam empolgados e entretidos em sua conversa, que se interrompia com momentos de olhares profundos, mãos na coxa e fungadas discretas.

Nesse vai e vem de palavras, elas foram perdendo seu sentido e foram completamente silenciadas por um beijo impulsivo, iniciado pela japa. Eduardo quase perde o ar, mas continua o beijo abrançando o corpo delicado com força contra o seu. Nesse momento sentiu que seus braços nunca tiveram lugar melhor para se envolverem do que aquela cintura. Os beijos molhados foram intercalados com suspiros de tesão. Os dois estavam ainda na sala e encostados no bar de madeira intalado no canto. Seus instintos nem sequer permitiram que mudassem de ambiente para continuar o amasso. Entre beijos no pescoço e deliciosas pegadas, Eduardo começa a despir a moça de seu vestido branco. Desceu o zíper vagarosamente, observando o torço perfeito. Beijou seu colo, acariciou seus mamilos rosados e pequenos. Os seios cabiam perfeitamentes nas conchas de suas mãos. Os beijou com vontade e ansia possuir todo o corpo oriental. Já nua, Manko se deitou sobre o balcão de madeira e puxou Eduardo para cima, segurando imediatamente seu membro ereto e inchado de tesão. Eduardo a penetrou lentamente, enquanto segurava a perna direita da moça sobre seu ombro esquerdo. A elasticidade da japa o surpreendeu e gerou sensações jamais sentidas antes. Sua cavidade estava muito molhada e quente. Sentiu suas contrações fortes, como de gueishas profissionais. As pequenas mãos de Manko apertavam e arranhavam suas costas, dando arrepios de prazer em Eduardo. Gemia palavras em japonês em seus ouvidos que o deixaram ainda mais excitado. O vai e vem lento dos corpos provocavam estalos. Nessa sensação pré-gozo, Eduardo a girou e colocou a Japonesa de quatro pendurada no balcão. E assim a penetrou com força e tirou gemidos estremecedores da boca vermelha. O tesão era extremo, a criatividade tomou conta de Manko que agarrou o homem nu e suado pelo braço o levando para cima do telhado. E ali sobre o luar, os dois continuaram os movimentos de amor, lentos, rápidos, lentos, rápidos. A bela japa montada sobre o homem delirava como em estado febril, enquanto Eduardo segurava o gozo até que não pode mais e soltou também um gemido gostoso e segurou Manko sorridente em cima de seu corpo, assim completamente relaxados, dormiram até o sol das 6 das manhã despertá-los no telhado.

Noites quentes assim voltaram a acontecer, assim como naturalmente os dois amantes se deleitavam na loucura e calor dos seus corpos. Formavam um belo casal, antes de tudo com compatividade em muitos aspectos, principalmente na química. Eduardo estava apaixonado, e Manko se envolveu muito também. Os dois tinham se encontrado e assim juntos continuaram a viver.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Táxi

Todo mundo tem uma fase de extrema porra loquice. Não sei essa é uma premissa verdadeira. Mas, creio que é válida pra muitas pessoas. É um tipo de ápice de loucura em que a oscilação entre o fundo do poço e o entusiasmo absurdo é mais do que veloz. Alguns psicólogos poderiam chamar de bipolaridade. Seja o que for, é isso que estou a viver ultimamente. Quase que uma filosofia do foda-se, do deixar viver, deixar estar. Assim sigo aos instintos primitivos de consumo de drogas abusivo e perda de consciência. Às vezes, o abuso é seguido de uma grandíssima ressaca moral, sem contar a ressaca de bebida mesmo.

Nessa fase todo dia é dia. Toda balada acaba de um jeito diferente. Mas, geralmente acordo na minha cama. A não ser esse dia, ou melhor, essa noite. Sem muitas pretensões, já tava com a festa combinada. Era Show do Seu Jorge e a bebida era na faixa. Importante dizer que depois de aprovada a Lei Seca tomei uma grande decisão: parei de dirigir. Então, cheguei na balada de táxi, encontrei na fila alguns amigos. A garganta já pedia por bebida. Minha amiga me trouxe uma deliciosa caipirinha de morango. Aquilo era tudo que eu queria. Entre uma e outra, uma dançadinha, uma voltinha.

Bebi, dancei, paquerei, cantei, bebi. Muito álcool depois, a banda terminava, as pessoas se pegavam e meu mundo já girava. Procurei algum entretenimento, queria beber mais. Já havia fumado beck em uma roda de rapazes que não conhecia. Já tinha conversado com gente que eu mal conhecia. Bebi mais uma dose. Me perdi da minha amiga.

Bom, de qualquer forma, eu teria que voltar de táxi sozinha. Então, dei uma última volta pelo salão, já sem som nenhum a não ser das vozes loucas, para ver se encontrava minha comparsa. Talvez ela já tivesse ido embora. Resolvi ir também.

Chegando na esquina, muitas pessoas procuravam por um táxi. Eu já sabia que ia me custar a mesma coisa ou mais que a viagem de ida. Os taxistas que ali estavam no momento tinham sido chamados por alguém. Assim grupos de pessoas se amontoavam nesses carros brancos e partiam. Olhei para o lado e vi um moço. Ele expressava a mesma cara de muito passado que eu. A troca desses olhares bêbados nos fez rir.

Sabíamos que estávamos os dois em um estado deprimente e ainda havia o desafio de arrumar um táxi pra ir embora. Conversamos sobre esse dilema e boa notícia: não é que o moço morava perto da minha casa. Perfeito, a gente rachava o táxi e viva minha economia.

A viagem era um pouco longa e aproveitamos pra nos conhecer melhor. Ricardo era o seu nome. Era sim um cara interessante. Estava bêbado como uma vaca, mas ainda assim interessante. Falou que gostou da festa, e outras coisinhas de que não me lembro e, depois de eu insistir pra ele repetir o nome mais de 5 vezes, porque não decorava, ele me beijou e eu me envolvi. Fomos todo resto da viagem aos beijos alcoólicos, intercalados de respiradas e olhares engraçados.

Minha excitação crescia, tanto pelo meu estado, como pela aquela situação inesperada. Um calor alucinante subia pelas minhas pernas. E ele, nos lugares mais indiscretos, me acariciava. Somava-se a esse tesão do amasso o fato do taxista estar ali assistindo a tudo. Me sentia a verdadeira perdida, como eu imaginava aquelas vacas famosas sempre drogadas. Courtney Love, meu ídolo adolescente, e o ícone atual Amy Winehouse. Afinal, estava no auge da piração, beijando e me amassando com um estranho, dentro de um táxi, ou seja, com uma platéia.

O garoto morava (ou mora ainda) perto do parque Ibirapuera, em uma daquelas pequenas vilas de casas antigas. Assim que chegamos ao endereço, ele insistiu pra eu que ficasse lá. Sem muita consciência do que fazia, tomei a deliciosa decisão de ficar. Um pouco de curiosidade e a facilidade de os pais dele não estarem lá. Entramos, fomos até a cozinha gigantesca. Ele me pegou na geladeira uma cerveja. Aquela casa me fazia lembrar de sonhos. Mas não que seja uma casa dos sonhos. E sim um local que é como daqueles sonhos estranhos que temos em que estamos em um lugar desconhecido, mas as coisas são familiares. Dizem que esses sonhos são vestígios de outra vida, mas não creio nisso não.

Ao que interessa, Naquela sala gigante de casarão antigo, cheia de pratos dourados, móveis de madeira nobre trabalhada e outras coisas retro, começamos a nos pegar novamente. Ricardo sabia como me beijar do jeito que eu gosto. Mordiscava meus lábios, roçava com sua barba mal feita no meu pescoço. E me abraçava muito forte pela cintura, fazendo com que eu sentisse a vibração do seu pênis rijo. Fomos assim nos beijando e nos locomovendo pelas paredes, como num tango com muitos giros. Eu virava ele permanecia encostado na parede esperando eu cair com a bunda de frente pra ele.

O fogo só aumentava e aumentava mais. Ele me olhou por alguns segundos e veio como um animal tirar minha blusa, explodindo 2 botões. E em um movimento perfeito chupou meu pescoço descendo devagar, mas com brutalidade, até meus seios a mostra. Acariciou-os, lambeu e chupou. E enquanto eu sentia as carícias e ficava ainda mais quente, ele se ocupava de já arrancar a minha saia. Depois, como num pulo, me me abraçou e arremessou no sofá fofo da sala. Senti seu corpo pesar caloroso sobre o meu. Tirei sua calça enquanto o beijava com sede de saliva. E foi-se pra longe aquelas calças e cueca. Fui sentir o tamanho, apertando Ricardo desde as pernas. Quando cheguei ao seu membro, me supreendi. Era enorme. E estava tinindo. Então quis saborear um pouquinho do desconhecido. Chupei até ficar muito molhado. E ele veio pra cima de mim como um furacão.

O que começou como mamãe-papai foi evoluindo para posições indescritíveis. Minha perna sobre o ombro dele, fez com que ele me penetrasse muito fundo. Senti um prazer enorme e soltei gemidos. Ele estava gostando, e muito. O movimento que fazíamos parecia uma dança de odaliscas, usando quase todos os músculos do corpo. Senti arrepiozinhos até na panturrilha. Todos os movimentos em prol do prazer máximo. Saímos da posição e ele me pegou de quatro. Me penetrava bruscamente enquanto acariciava meu clitóris. Tive um orgasmo duradouro. Gritava.

O insaciável Ricardo me puxou pra cima dele, senti que até molhei sua barriga. Estávamos suados os dois, em êxtase. Cavalguei gostoso. E me recordo muito bem da cara dele de extremo prazer. Acelerava e desacelerava os movimentos. Ele brincava com meus seios. Subia e descia, esfregava pra frente e pra trás, fazendo também movimentos internos. Comecei a gozar mais uma vez. Dessa vez, Ricardo também. Foi um orgasmo duplicado, simultâneo e muito intenso. Cai mortinha sobre seus braços, sentindo o pênis amolecendo dentro de mim.

Manhã seguinte, acordei assustada:

- Onde estou?

Fui embora enquanto Ricardo ainda dormia relaxado no sofá.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Mineiro

Neste finalzinho de ano e começo de 2008 vivi a verdadeira luxúria de reveillon. Eu e mais alguns amigos, um casal, um garoto e uma garota fomos para o litoral sul do Rio de Janeiro. Passamos quatro dias em Trindade. Lá, conhecemos muita gente, e posso dizer que a proporção de turistas era de uns 30 homens para cada mulher. Portanto, eu e minha amiga fizemos o maior sucesso. Em uma das noites, em que estamos curtindo a banda na praia do meio, formavam-se rodas de moços em torno de nós, pareciam gaviões famintos. Isso tudo foi muito divertido e rendeu alguns beijinhos na boca.

Mas, na segunda noite quase me apaixonei. O mineiro cheio de amor para dar chama-se Henrique, e só de tentar descrevê-lo me sobe um arrepio pela espinha. Moreno, notoriamente forte, com o peitoral definido e o olhar do pecado, tinha ainda um sorrisinho safado estampado no rosto. A atração foi instantânea e recíproca. Qualquer conversa que ele tenha jogado para cima de mim foi suficiente para eu cair em seus braços, como que puxada por um forte ímã.

Dançamos, nos beijamos e nos abraçamos. Seus braços fortes me evolviam a ponto de me melar a calcinha. Às vezes eu colocava as mãos sobre o peitoral dele e aquilo me excitava, nossas bocas uniam-se novamente. Nos amassamos até o sol começar a querer nascer. Não tive coragem de levá-lo para a barraca, um pouco de receio por sermos totalmente desconhecidos. Mas, ficamos ali na praia entre beijos, abraços e carícias assistindo o começo da aurora.

Acordei no dia seguinte com a cabeça vagando em férteis imaginações eróticas. Queria encontrá-lo de qualquer forma. Mas, depois de alguns cervejas geladas a beira mar, relaxei. E foi então que o encontrei uma outra vez, estava ele e mais dois amigos, também curtindo a praia, o sol e a cerveja. Fiquei feliz, pois me chamou pelo nome e me cumprimentou com um selinho. Isso tudo me fez lembrar da adolescência e das paixões de verão. Mais um êxtase causado por aquele moço. Somente nesse momento o vi durante a tarde. Mas, trocamos telefones e combinamos de nos encontrar na praia mais uma vez, pela noite.

Segunda noite de Trindade, estávamos já bebendo mais uma vez na praia, no palco show de reggae, na atmosfera cheiro de maconha, nas mãos muitos copos de bebida alcoólica que se esvaziavam surpreendentemente rápido. Encontrei Henrique, estava com os mesmos dois amigos perto do mar, dançando discretamente, como quem não quer chamar a atenção. Mas sua beleza e seu físico não passariam despercebidos jamais, se em Trindade tivesse mais mulheres. Melhor para mim que não tinha. Dessa vez, eu fui até ele dizer oi, e ele já me deu um delicioso beijo na boca. E mordiscou minha orelha, seguindo com uma frase de derreter os coraçõesinhos femininos:- Você está linda, ou melhor, você é linda. E foi assim que já nos atarracamos mais uma vez, puxados pela forte química. Ele usava um perfume exótico, que misturado com o seu odor natural geravam um cheiro delicioso. Eu estava à flor da pele, em todos os sentidos, visão, olfato, tato, audição e paladar. Sua voz macia contrastava com a brutalidade de sua pegada. O sabor de cerveja gelada misturado ao seu hálito fresco atiçava minhas células gustativas da língua. Tudo naquele homem era perfeito.

Já ouvi muito dizer que mineiros comem quieto. E esse não saiu da regra, era um cara muito discreto e devagar devagarzinho ia conseguindo tudo que queria. Diria que vai bem para qualquer mulher, uma vez que nós precisamos de muito carinho e carícias para curtirmos uma bela transa, as famosas e deliciosas preliminares. Elogios também são muito bem vindos para aumentar nossa confiança e atiçar a libido.

Naquela noite, quando a banda já tinha parado de tocar, ele me fez uma proposta irrecusável: - Vamos assistir ao nascer do sol em uma praia diferente?

E eu, certamente, aceitei. Fomos até o camping dele para pegar uma lanterna, uma garrafa de champanhe e uma toalha. Voltamos para a praia do meio, que nesse momento tinha apenas a presença dos bêbados e doidões. Lá caminhamos até a outra ponta, onde fica a trilha para Cachadaço, uma praia de Trindade mais isolada e deserta, rica de belezas naturais. A própria trilha já conta com cachoeiras e muito verde da mata atlântica. Levamos também uma câmera fotográfica.

Entramos pela trilha a fundo, que eu ainda não conhecia, e fomos com a lanterna iluminando o pouco que podia, seguimos rios e pequenos morrinhos de terra. Senti meu espírito de aventura saltitando de felicidade, tudo era emoção, aquele homem lindo e forte, aquela trilha pela mata. Selvagem eram os meus mais íntimos instintos. Paramos em uma queda d`água cristalina, nos banhamos e nos beijamos calorosamente. Tiramos algumas fotos que ficaram muito interessantes, pela pouca claridade e o muito verde. E seguimos em frente. Chegamos então à bela Cachadaço, praia que é conhecida pela sua piscina natural de pedras. Fomos até ela para dar um bom mergulho.

Enquanto nos banhávamos, de roupa e tudo, nos beijávamos e notei que Henrique começou a me olhar mais famintamente. Seu abraço tornou-se mais apertado e suas mãos deslizavam por todo o meu corpo. Senti seu membro rígido como uma das pedras da piscina. Nossa respiração já estava ofegante e as falas sussurradas com tesão. Ele apertou todos os cantos do meu corpo como se quisesse tirar os pedaços. Mordeu meu pescoço, lambeu meus ouvidos. Eu, já louca de tesão, arranhei as costas dele, mordi seu peitoral gostoso.

Abrimos a champanhe bebemos um pouco. Continuei beijando a boca carnuda do moreno. Mesmo bebendo, ainda tinha muita sede, sede do que estava por vir. E o Henrique conseguia me deixar, a cada momento, mais excitada e fazia tudo devagar, como o bom mineirinho que é. O sol começava a nascer, e junto a ele o calor que vinha de dentro de mim. Ele tirou minha blusa e beijou minha barriga. Apalpou meus seios e mordeu meu pescoço. Segurei o dote muito duro no meio das pernas dele. Era enorme, não tão comprido, mas muito grosso. E o mineiro foi me beijando todas as partes do meu corpo. Apertava os fortes braços. Me enlaçava pela cintura com uma força inacreditável. Me colocou confortável sobre uma das pedras, me beijou a vulva e o grelinho. Com movimentos da língua, às vezes velozes, às vezes lerdos. Eu me contorcia, queria logo ser possuída apertava o pênis dele, e pedia. Mas, ele me torturava com suas carícias infinitas, me apertava, me alisava, me estimulava e não partia para cima. Sentia fome no meio das pernas, não podia mais com aquilo. Ele, então, notou meu estado de êxtase total e deitou seu corpo pesado sobre o meu, sem deixar de me tocar com furor. Me penetrou devagarzinho e, nesse momento, eu senti sair do corpo, como se flutuasse acima do chão. Seus movimentos aceleraram junto com a minha respiração. Me acomodei com o bumbum mais perto do final da pedra, e ele pode me possuir de joelhos, e assim, seu pênis pode penetrar por inteiro. Senti que me preenchia totalmente, até o começo do meu útero, senti que éramos um corpo só. A loucura subia e subia pelo meu corpo dos pés à cabeça e me deliciei com um orgasmo profundo, seguido poucos segundos do dele.

O mais intenso nascer do sol que já presenciei. Terminamos a champanhe, abraçados em cima da toalha na areia, até clarear completamente o céu, e esse homem clarear o meu dia.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Exército


Alice desde pequena adorava pegar as arma de brinquedo de seu irmão e sair por aí se fingindo de oficial de polícia. Aos 6 anos, chorou para que sua mãe a matriculasse no judô e não no balé. Aos 13, só assistia a filmes de guerra, e adorava ler livros sobre estratégias de batalha. Era fascinada por armas, guerras, artes marciais e treinamentos da polícia. Aos 17 anos, se indignava com os amigos que escapavam do serviço militar. Achava que as mulheres também deveriam se alistar. Seu maior sonho era fazer parte do exército. Sua mãe jamais compreendeu a fissura da garota. Mas, aceitou sua escolha quando resolveu se alistar e estudar no exército.
A garota de 18 anos fazia então suas malas para sair de casa, em busca de conhecimentos e práticas de guerra. Ansiava pelo começo de seus treinamentos. Era uma garota simples em seus gostos de vestuário, sua mala ficou compacta, só com seus itens básicos. No dia de sua partida, acordou muito cedo para se preparar. Desde os 15 anos, fazia exercícios regularmente. Logo pela manhã, fazia 3 séries de 100 abdominais e 3 de 15 marinheiros, sem contar a caminhada, pois costumava ir a pé para o colégio. No seu grande dia não poderia fazer diferente então fez seu exercícios, tomou um banho, o café e foi toda satisfeita, acompanhada pela mãe, para a rodoviária.
A chegada ao regimento foi fabulosa para ela. Havia já tropas em treinamento, fardados, carregando armas e disciplinados marchando em esquadra. Seu entusiasmo era notável. Tudo aquilo era com que Alice mais sonhara. A moça chegou já arrasando o batalhão. Com seu corpo perfeito de garota de 18 anos, seus cabelos louros de sol e uma inocência e curiosidade brilhantes, arrastou os olhares de todos militares. Eram soldados, cabos, sargentos, capitães e generais, todos babando pela novata que acabara de chegar.
Foi apresentada pelo General às outras mulheres do exército. No seu primeiro dia não fez nada demais, só conheceu os aposentos, o refeitório, os pátios de treinamento, fez a cama e organizou suas coisas. E teve uma boa noite de sono.
Segundo dia, Alice acordou e, antes que pudesse se exercitar, foi já intimada a comparecer aos rituais de batismo do regimento. Todos os cabos queriam dar o trote na moça. Ela tirou toda a atenção do resto do grupo das garotas. Era desejável demais, arrasava até os corações dos generais. Se divertiu durante o ritual, mas não deixou de lado sua disciplina e interesse curioso. Tudo era bom, tudo era novo.
Semanas passavam, com cada vez mais treinamentos pesados. Alice nunca desistiu de nenhum. Era forte a menina mulher, deixava os rapazes pra trás. Dava um show no tiro ao alvo e nos esconderijos mirabolantes, perdia apenas na corrida e nas flexões de braço.
Um dos cabos já estava ficando louco com a presença da garota no regimento. Desde sua chegada havia sentido o batimento do coração acelerado. Tinha por ela admiração, que se confundia com um desejo quente e lascivo. Com a sua mente Alice brincava, morava e nunca saía. Além do cabo Mosca (seu apelido), outros muitos rapazes eram loucos pela moça. Ela percebia alguns olhares ousados, gestos tarados e, algumas vezes, ouviu certos comentários. Não se importava, afinal, tudo isso parecia apenas reforçar a sua insistência e ousadia para enfrentar a vida militar. Quanto mais os homens lhe pareciam frágeis, mais ela se sentia forte e poderosa.
Cabo Mosca decorou a rotina da moça. Sabia a que horas ela almoçava, tomava banho, se trocava, falava com a mãe ao telefone, entre outras coisas. No momento do banho, ele só imaginava como seria a nudez da jovem. Inúmeros momentos íntimos teve com sua própria mão só de ter aquela cena na imaginação. Mas, Mosca foi ainda mais longe, tanto era sua obsessão, que dia após dia se escondia perto dos encanamentos do banheiro feminino, cavando um buraquinho que lentamente se tornava um buracão. Se seus superiores descobrissem esse absurdo, seria expulso imediatamente. Mas, o fazia com cautela, sabia dos horários, dos perigos e das sentinelas. E, finalmente, estava pronto seu buraco delicioso.
Refugiou-se pela primeira vez para ver, com uma ansiedade cretina, a respiração seu ritmo subia, o coração quase que pela boca saía. Então, Alice livrou-se da toalha enrolada, deixando à vista seu corpo sem nenhuma falha. Podia ser confundida com uma bela escultura. Tinha seios pequenos, duros, levantados e uma fina cintura. Seus pêlos púbicos escuros e enrolados brilhavam sedosos. Sua pele alva e macia parecia refletir as luzes do boxe. Entrou no chuveiro, molhando seu curto cabelo, e parecia refrescar-se com luxúria. A água divina escorrendo pelo seu corpo, como que numa lambida do mar nas pernas. E o cabo ficou alucinado, tarado, segurando-se no seu medo e sonho, desejando ainda mais a moça perfeita. Pensou no que faria. Agarraria aquela cintura, tocaria e apertaria aquela bela bunda, beijaria os seios, lamberia toda a escultura. Do dedão dos pés aos ouvidos de beijos, possuiria aquela garota.
E aquele momento de desejo louco, voyeurismo e masturbação se repetiria por várias semanas, se tornaria uma rotina do rapaz, todos os dias àquela certa hora, lá estaria ele a espiar e se tocar. Era sua válvula de escape para a dura vida de regime militar. A moça ainda não percebia que esse fato acontecia. Mas, sabia que o cabo Mosca a deseja demais. Sentia uma grande simpatia, e até que às vezes pensava no rapaz. Estava na flor da idade, tinha lá também seus desejos e necessidades, e o garoto se mostrava esperto, disciplinado, interessado e discreto, do jeito que ela poderia desejar. Começou a desconfiar de alguma coisa, pois um dia ouviu um gemido que vinha estranho através da parede. Começou a olhar, procurar pelo dono do som estranho, em pleno momento do seu tranqüilo banho. Achou então o tal buraco.
Quando imaginou que alguém a observava sentiu um arrepio subir a espinha. Olhou-se no espelho e sentiu-se mais mulher. Retornou ao chuveiro dessa vez se tocando, talvez, até imaginando uma cena quente com o espião. Então, não contara pra ninguém o fato do buraco, aproveitou-se para se exibir. Agora, antes do banho fazia provocações em direção àquele ponto da parede, mostrava sua sede, se despia como se numa dança ousada. E se alisava todinha e depois se masturbava.
A novidade enlouqueceu o cabo Mosca, se já se excitava com o banho inocente de Alice, imagine aquelas provocações. Seus instintos estavam quase o entregando, queria entra no banheiro agarrar a moça nua. Dizer a ela todas as loucuras, seus mais sujos pensamentos. Suspeitou da consciência da garota quanto ao buraco, pois ela olhava sempre pra ali fixamente.
Foi um grande dia, a moça ali enlouquecida, resolveu tentar descobrir quem era o seu admirador. Meteu o olho no buraco e reconheceu aquele outro olho que se encontrava ali. Era o cabo Mosca por sua sorte. Torcia pra que fosse ele todas as noites. Ela disse, então, assim:
- Mosca, vem já aqui. Não tem ninguém no banheiro além de mim.
- E se...
- E se nada corre pra cá.
O garoto, já em ponto de bala, correu para a porta, entrou com cautela e encontrou a moça já pelada. Assim como sempre imaginava, a deu um beijo molhado. Foram se pegando e se batendo até embaixo do chuveiro. Tapas, gemidos e puxões de cabelo. Prendeu-a com força na parede úmida. Ela sentiu gotas escorrendo pelo risquinho que separa as nádegas. E beijou suas orelhas, desceu chupando seu pescoço, e chegou aos seios tão admirados. Ela perdeu algum tempo, apreciava-os, lambeu, chupou, mordeu. E a bela barriga sarada, acariciava e beijava. A moça arranhou as costas do cabo, e segurava forte pelo pescoço. Se remexia como uma lagartixa sem rabo, durante todos os momentos da carícia. Ele a tocava no clitóris, a apertava. E dizia ao pé do ouvido:
- Você é a mais gostosa. A mais desejada.
- Você é um tarado, um safado. – respondia a moça com tapas na cara do Mosca.
Ele levantou-a com sua força pela bunda e encaixou-a no seu rígido pênis. Um segundo que pareciam horas, um prazer intenso. Os dois se contraíam, gemiam, gritavam, entreolhavam-se loucos. Foram parar no chão com a moça por cima. Ela subia, subia e descia. Cavalgava com vontade, se soltava no movimento maluco. E pedia:
- Me come e me bate seu cachorro!
E ele, então, dava tapas naquele pequeno e perfeito rosto. A moça, levemente cansada, recebia um orgasmo delicioso, e o jovem também já estava quase em momento de gozo. O êxtase foi simultâneo, mas não acabaram por aí. Alguns segundos se beijando e se olhando voltaram a se provocar e começaram uma nova transa. Ela agora de quatro, se entregava ao garoto bruto. A puxava pelo quadril, em alta velocidade, mordeu sua nádega esquerda, puxou seu cabelo. Depois, ainda nessa posição, a tocava o grelinho com os dedos. Mais alguns momentos loucos, e os dois se acabavam, ela teve um orgasmo múltiplo e ele ejaculou tudo dentro. Gozo quente, caíram juntos no chão descansando, manteve ainda um tempo dentro, soltou um suspiro e deram então as mãos.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A biblioteca da Faculdade


Soa um pouco clichê, mas aconteceu de verdade. Seria normal se eu fosse apaixonada por um nerd, um rato de biblioteca. Porém, não foi esse o caso. A história que relato aqui é incomum. Para não dizer irreverente, ousada e deliciosa. Uma tara que, provavelmente, reside na mente de muitos.
Sou formada há 3 anos, pela ESPM, escola de propaganda, vivi muitos bons momentos por ali. Estava cursando o 3° semestre e o professor de Marketing era um gato. Mal conseguia prestar atenção na matéria, pois aquele que lecionava roubava toda minha atenção só para ele. Além de moreno, alto, bonito e sensual, ele era inteligente, articulado e simpático. Cheguei a sonhar com esse professor. Sentia uma atração muito forte pelo homem, daquelas de revirar o estômago quando era dia da aula dele.
No fundo, eu sabia que aquele homem me correspondia de alguma forma. Seja o olhar misterioso com que me encarava, ou talvez o nervoso que aparentava, quando entrava na minha sala. Lembro de algumas vezes, em que eu observava atentamente, quando ele se desconcentrou, perdendo a seqüência da aula. Passei todo o semestre fissurada naquele pedaço de mau caminho.
Final de março, a facu no período da tarde era um marasmo, quase sem movimento, a biblioteca ficava muito tranqüila. Procurava um livro para consulta, e como de costume, não conseguia encontrá-lo com as informações do papelzinho, números, letras, prateleiras lotadas.
E foi em uma daquelas alas entupidas de livros de marketing que avistei meu querido professor. Ele percebeu quão perdida eu estava a minha busca e, com toda sua gentileza, se dispôs a me ajudar na procura da publicação. Enquanto procurávamos, trocávamos algumas palavras, conversas de função fática, que calor, como a faculdade fica vazia nesta época do ano. Ele me olhou nos olhos, nesse momento estremeci toda. Olhei de volta com firmeza e roubei um beijo da boca dele. Surpreso, meu prof corou a face e deu uma risadinha safada. Então, o agarrei de verdade, o deixando sem saída. Ele correspondeu a minha ousadia e continuou me beijando deliciosamente.
O clima da ala de marketing esquentava. Nos beijávamos loucamente, se pegando e trombando nas prateleiras. Em um forte abraço senti o pênis do docente rígido. Ele estava ficando alucinado e pareceu haver se esquecido completamente dos riscos intrínsecos daquele acontecimento. Tirou minha blusa de uma só vez, e me surpreendeu com seu expertise no abrir de fechos do sutiã. Desceu pelo meu corpo com a boca, lambendo meu pescoço e chupando meus mamilos com gula. Estava excitadíssima e desabotoei o jeans do professor. Senti saltar na minha mão um enorme membro. Até então nunca tinha pegado em um dessa proporção. E o gostoso homem tirou também a minha saia e desceu devagar me chupando inteirinha, como se eu fosse uma uva. Girava sua língua em torno do meu clitóris, me levando às nuvens de tesão, chupava também minha vulva, que a essa altura, já estava meladíssima.
Uma vontade animal subiu pela minha espinha. O docente me colocou posicionada de costas para ele e me penetrou com força. Me lembro de ter na vista um livro sobre estratégia competitiva do Potter. Mas, ali não havia barreiras de entrada, nem de saída. O entra e sai era livre e alucinante.
Emoção é o que não faltou. Meu professor mais atraente estava ali comigo numa transa louca, na biblioteca, com risco de sermos flagrados. Ainda de costas para ele, o vai e vem aumentava o ritmo. Enquanto me penetrava, massageava meu grelinho. Eu contraia todos os músculos do corpo e me entreguei a um longo e delicioso orgasmo. Ele também estava a ponto de chegar lá, mas segurou e se deitou de costas para o chão, me puxando para cima dele. Montei e cavalguei sobre o homem. Alternávamos entre média e alta velocidade. Soltei um gemido, que temi ser ouvido por alguém. Meu prof pôs o dedo na frente da boca, num gesto de silêncio. Ato que, depois quando repetiu durante a aula, já me deixou molhada, mesmo que o assunto fosse análise SWOT.
A loucura na biblioteca acabou quando ele gozou dentro de mim. Senti o líquido quente se espalhar. Nos beijamos mais uma vez, suados e exaustos. Foi quando ainda deitada sobre o corpo do professor avistei o livro que tanto procurava, demos muita risada. Então, nos vestimos rapidamente e saímos dali com cautela e cara de cumplicidade. Acredito que até hoje ninguém descobriu essa nossa aventura. O professor sei que ainda trabalha na ESPM, mas não o vi mais depois do 4º semestre.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Jabuticaba

Há 3 meses, aconteceu algo inesperado. Uma tia avó minha do interior faleceu, e eu fui avisada de que deveria comparecer na cidade para a declaração da sua herança. Estranhei a notícia, afinal mal conhecia Dona Teresa.
Tenho vagas lembranças da infância, quando a senhorazinha fazia as tortas de maça, com sua refinada receita alemã. Depois dos meus 9 anos, nunca mais a encontrei, e também não vi mais o Gustavo, meu primo, neto de Teresa. Lembro de um garotinho loiro, alvo e de olhos claros, porém não o suportava, pois não me deixava brincar com ele e com seus carrinhos, dizia que era proibido para meninas.
Então, depois da ligação curiosa que havia recebido do advogado de Dona Teresa, liguei para minha casa, para contar o estranho fato para minha mãe. Ela, por sua vez, já sabia do falecimento, mas ficou igualmente surpresa com a exigência da minha presença em Lins.
Curiosa e disposta a abandonar a cidade grande por um tempo, organizei minha viagem, falei com o Sr. César Ribeiro, o advogado de Teresa. Para minha sorte, ele disse que não gastaria nada com a hospedagem, pois era convidada de Gustavo, para ficar em sua casa, quanto tempo precisasse para resolver tudo.
Fiz as malas e parti em direção a pequena grande Lins. Foram 4 horas e meia de viagem, pude ouvir 3 vezes o mesmo CD. Quando cheguei, finalmente, abri as janelas do carro e respirei o mais puro ar, coisa que não se faz em São Paulo nunca. Observei a monotonia da cidade, abri um sorriso ao ver que parei no semáforo atrás de uma velha charrete, puxada por um jumento e guiada por um peão, que usava um belo chapéu.
Memórias começaram a surgir em minha mente. Quase que pude sentir o aroma e o sabor da torta da tia Teresa. Uma nostalgia gostosa, e me senti feliz por estar revivendo momentos da minha infância. Logo conheceria de novo o meu primo. Imaginei que ele estaria irreconhecível, afinal o tempo não passara só para mim.
Peguei meu blackberry e liguei para ele:
- Alô!
- Oi, Gustavo?
- Sim, quem fala?
- É a Camila. Já estou em Lins.
- Ah! Que bom! Estava te esperando.
- Como chego na sua casa?
- Faz o seguinte: pára no posto da avenida principal e espera por mim.
- Ok. O BR né?
- Isso. Daqui 5 minutos estarei ai, ahh, eu tenho um Golf prata.
- Ok. Estarei te esperando na loja de conveniência. Estou com uma blusa vermelha.
- Certo. Estou indo, beijo.
- Beijo.
Uma coisa que, obviamente, mudou muito no Gustavo foi a voz. Claro que um homem de 28 anos não teria a mesma voz de um menino de 8. Mas, aquela voz grossa e clama me agradou muito. E tudo, até agora, era estimulante, como num livro de suspense. A pequena cidade, as antigas lembranças, a misteriosa herança da minha tia avó e a espera pelo primo surpresa (não imaginava sua aparência atual).
Eis que tomava um café expresso, quando um moço alto, com aproximados 1,90m de altura, loiro, magro e de olhos claros, atravessa a porta e vem em minha direção. Quase engasguei com o café, e ele falou:
- Camila?
- Eu.
- Meu Deus! Quanto tempo.
E me deu um abraço forte, em que tive o prazer de sentir seu perfume fresco.
- Gustavo, que diferente! Quem diria hein? Que aquele garotinho iria ficar assim tão alto.
Parei no elogio alto, se não iria soltar alguma besteira. Canta o primo, que coisa feia, pensei. Além de belo, másculo, com um timbre de voz que acaricia os ouvidos, a simpatia de Gustavo era algo fenomenal. Seu abraço foi como o de quem sente muita saudade. Seu papo muito bom, atencioso e preocupado com minha comodidade.
Chegando na casa, me deparei com um típico pé de jabuticaba, correram para a entrada me receber os cães Laila e pretinho, uma boxer e um vira-lata (de pêlos muito negros). Deixei a mala na sala e fomos direto para a cozinha. Naná, a empregada de anos, preparara um cafezinho com bolo de fubá. Nos sentamos e nos servimos. Qualidade de vida é tudo no interior, pensava.
Gustavo e eu conversamos por horas, relembramos de brincadeiras e até briguinhas da nossa tenra infância. A cada olhar que ele me lançava eu me envolvia mais, em seguida, policiava meus pensamentos, ele é teu primo Camila, esquece isso. Mas, tinha a sensação de que era correspondida naquela empolgação de nos revermos depois de tanto tempo.
Eu, com o passar dos anos, também mudei muito. De menina-moleque, me tornei uma mulher fatal. Cabelos avermelhados, seios fartos, cintura fina e coxas torneadas, posso dizer, que não passo despercebida. Quando, ainda em São Paulo, fazia as malas, previa alguma aventura afetiva para esta viagem. Coloquei na bagagem um pretinho básico provocante e lingeries cavadas. A idéia era ficar uma semana na cidade e, quem sabe, conhecer algum caipira interessante. Só não sabia, a essa altura, que esse homem seria aquele que implicava comigo quando criança.
Gustavo foi me mostrar os aposentos, e separara um quarto aconchegante, com cama de viúva cheia de almofadas decorativas e lençóis de seda. Me senti uma princesa. Tudo estava muito limpo e arrumado para minha chegada. Primeira noite, só descansei, deitei e dormi.
Na manhã seguinte, Naná veio me acordar para o café. A mesa posta era rica de frutas, cereais, leite fresco, queijo branco, pães e sucos. Gustavo já estava a minha espera na copa. Banho tomado, barba feita e impecável. Me deu um beijo de bom dia. Com certeza, depois desse beijo o seria.
Fui, então, me encontrar com o advogado. Foram horas de conversa, para eu entender as intenções da minha tia avó. A doida tinha um pequeno orfanato em Lins, e outros vários projetos sociais. Seu maior desejo, antes de morrer, era que eu seguisse coordenando o orfanato e trouxesse à vida os projetos engavetados. Não pude aceitar a proposta naquele momento, mas Sr. César era muito amigo de Teresa, me fez prometer que pensaria sobre o assunto. Tudo bem, teria ainda uma semana em Lins.
Meu lindo primo já me esperava na recepção do escritório. Pronunciou:
- Vou te levar em um restaurante excelente para o almoço.
Fomos para uma churrascaria excepcional. Contei-lhe tudo que soube pelo advogado. Ele já sabia, mas escutou atenciosamente. Depois, eu sugeri que fôssemos dar uma volta pela cidade. Conheci a sorveteria mais antiga, sentamos em um clássico banco de praça e voltamos para a casa com um DVD para assistirmos à noite. Adormeci no sofá no meio do filme e Gustavo me carregou, em seus braços, até a cama. Pena eu estar desacordada nesse momento.
Terceiro dia de vida boa. Meu primo falou logo pela manhã que seria um dia diferente. Disse que me levaria para o lugar mais bonito que já fui. Preparou então uma cesta com comida, suco e uma tolha de mesa, para o nosso piquenique. Pegamos o carro e fomos, não sabia para onde. Saímos da cidade e entramos em uma estradinha de terra. Depois, estacionamos embaixo de uma árvore e prosseguimos o resto do caminho a pé. Passamos por pastos verdes e pequenos morros. Chegamos a uma mata fechada. Era lá. Adentramos a mata, tínhamos que escalar algumas pedras e descer morrinhos de lama. Uma aventura e tanto. Quando estávamos já bem no centro, avistei a linda cachoeira. Devia ter uns 5 metros de queda d’água, e os sons que fazia me tocava fundo na alma. Relaxei plenamente. Sentamos um pouco e nos mantivemos calados, só apreciando.
Gustavo perguntou:
- Quer pular?
- Não é perigoso?
- Não, eu sempre pulo, é muito fundo abaixo da queda.
- Então vamos. Você primeiro.
Ele tirou sua camiseta. Eu admirei abobada aquela cena. Ao fundo, aquela mata e bela cachoeira e, como protagonista, aquele loiro de peitoral e abdômen definidos e braços fortes. Gustavo interpretou o Tarzan, batendo no peito e gritando:
- Oh! Ohh! Oohh!
Em seguida, pulou dali de cima, alcançando a água em segundos. Voltando para a superfície gritou:
- Você não vem Camila? É a sua vez!
- Não estou de biquíni.
- Tira toda a roupa, eu já tirei a minha.
E jogou sua bermuda para a beira. Estava ali, a minha espera, totalmente nu, como pede a natureza. Me despi também e pulei gritando, do alto da cachoeira. Depois do emocionante salto, nadei ao encontro do meu primo peladão. Ele não disse nada. Me olhou nos olhos, me segurou pela nuca com as duas mãos e me beijou. Tínhamos que bater os pés ao mesmo tempo. Ele pegou minha mão e me puxou para baixo da queda d’água. Tudo era perfeito, senti a água forte massagear as costas e entramos em uma gruta de pedras ali atrás. Um lugar maravilhoso. A água da gruta era mais calma e límpida. Podia ver o fundo da bacia, e ali dava pé.
Nos abraçamos calorosamente, e continuamos aquele beijo começado. Sentia o pênis de Gustavo entre as minhas pernas, senti que enrijecia mais e mais. Meu primo me beijava o pescoço e as orelhas. Começou a acariciar todo o meu corpo, passando pelos seios, o abdômen e depois meu clitóris. Massageava esta parte me deixando completamente alucinada. Eu peguei o membro grosso dele e o senti duro e quente, em minha mão. Fomos nos amassando até encostarmos em uma das paredes da gruta. Ele, então, me ergueu bruscamente e me penetrou gostoso. O vai e vem causou marolas na bacia d’água. O tesão era tanto, que não contive meus gemidos, que ecoaram pela gruta.
Gustavo estava igualmente excitado com tudo aquilo. Me olhava penetrantemente e se movimentava com precisão. Sem mudar de posição, comecei a receber um delicioso orgasmo, subia e decia na água. Arranhei as costas dele. Gozei muito! Alguns segundos depois, ele também chegou lá. E o líquido quente se espalhou dentro de mim e pela água pura. Nos abraçamos e sussurrei no ouvido dele:
- Quero mais!
Ele me beijou mais um pouco e me tocou. Percebi que começava também uma nova ereção. Ele me virou de costas e beijou minha nuca. Me colocou de quatro em uma superfície gelatinosa e mordeu, com gosto, minha bunda. Eu delirava e ria. Então, veio para cima com vontade. Me penetrou de quatro, puxando meus quadris, com força, para ele. A velocidade, nessa posição, era maior. Ele me puxou pelo cabelo e entrava com o pau inteiro na minha vulva. E, assim, outro orgasmo estrondoso dominou meu corpo. Dessa vez, ele ejaculou junto ao meu gozo.
Nos jogamos na água de novo, para refrescar. Tudo foi muito perfeito. Descansamos mais um pouco. Saímos da água e fomos até uma clareira na mata, para secar os corpos ao sol. Nos vestimos e armamos nosso piquenique embaixo de uma grande árvore na campina ao lado da mata.
O restante da semana em Lins foi continuadamente quente. Me vi apaixonada pelo Gustavo. Todas as loucas transas foram como o encontro perfeito dos corpos que se procuravam. Mas, tivemos que dar fim nessa história, para não ter problemas com a família.
Quanto à minha herança e ao desejo de minha tia Teresa, não pude aceitar a proposta de administrar o orfanato e os projetos, como ela desejava. Mas, consegui alguém muito melhor para o cargo, uma grande amiga, que também vive no interior e já tem experiência em trabalhos sociais. Hoje em dia, ela é a diretora-chefe do orfanato e está trabalhando também nos outros projetos de Dona Teresa. De vez em quando, eu vou visitá-la e, claro, aproveito para ver meu primo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Loucuras com o patrão

Adriano, desde que foi apresentado à Letícia, a olhava de um jeito diferente. A moça fingia não perceber e, também, não poderia agir de outra maneira, pois tinha um namorado há cinco anos, quem ela amava muito. Mesmo assim, não tratava Adriano com frieza, afinal, ele era seu superior.
Letícia estava feliz por ter conquistado aquela vaga. Estagiária, gozava de muitos benefícios por se tratar de uma empresa líder de mercado. À noite, ela estudava economia na PUC, mas não gostava da liberdade excessiva que a universidade dá aos alunos. Além de vender cerveja nas cantinas, é permitido o uso de maconha na escola. A garota recriminava o uso de drogas, até mesmo bebidas alcoólicas. Criada em uma família muito católica, se permitia apenas uma taça de vinho no Natal e em outras poucas ocasiões festivas.
A Letícia era uma universitária atípica. Não bebia. Não fumava. Não traía. Ouso dizer, que uma jovem sem graça. Sua disciplina tinha lá suas vantagens, a garota mantinha uma alimentação saudável e praticava exercícios regularmente. Assim, tinha um físico invejável ou desejável. Pele muito branca, seios fartos, com formato desenhado, cintura fina de músculos abdominais aparentes, coxa torneadas e a bunda, nem grande nem pequena, mas empinada e durinha. Tinha o corpo em proporções perfeitas. Além da forma, Letícia cuidava bem dos cabelos, castanhos e levemente ondulados, suas madeixas se alongavam até a cintura, brilhando como sua beleza inocente.
Toda juventude, inocência e beleza da moça deixava Adriano eriçado. Principalmente, quando a jovem aparecia no trabalho com sua calça branca justa e, sem a intenção de provocar, apoiava-se sobre a mesa, com a bunda arrebitada. O homem enlouquecia. Pensava em silêncio “ se eu não tivesse uma reputação a zelar, agarrava essa bunda agora mesmo”. Pensamento guloso que tirava o seu sono.
Em uma noite qualquer, Adriano dormia com sua noiva em seu duplex, quando chamou, por engano, a noiva de Letícia. Janaína jamais o perdoou. Mas, depois de discutirem por horas a relação, não se tocou mais no assunto.
A estudante perturbava aquele homem. A cada dia a desejava mais. Ao mesmo tempo, temia muito não se segurar, pois a moça poderia processá-lo por assédio sexual. Mantinha-se à distância. Pensava nela na cama. Muito Forte era o desejo reprimido. A branca bela aparecia em seus sonhos proibidos. Adriano perdera até a concentração no trabalho. No fundo, sabia que não se livraria daqueles pesadelos e sentimentos, se não satisfizesse seus mais primitivos desejos com a garota.
Havia três meses que trabalhavam juntos. Letícia começou a perceber, ainda mais, as intenções daquele pobre homem. Porém, ele a confundia, pois muitas vezes a evitava. Não podia encará-la nos olhos, não seria capaz de se segurar, frente àquele olhar adolescente e doce. Não resistia ao rosto daquele pequeno demônio. A moça possuía olhos profundamente negros e levemente puxados, tinha os cílios longos e perfeitamente pintados. Nariz pequeno e reto, bochechas avermelhadas e lábios e dentes bem empregados em um sorriso irresistível.
Adriano estava tão aficionado que recorreu aos serviços de psiquiátricos da área de RH. Maria Fernanda, a psicóloga, aconselhou demitir a moça. Mas, isso não poderia fazer. Letícia pagava seus estudos com o salário, e jamais deu motivos para demissão. Além disso, o chefe acreditava no talento da estagiária.
Essa atitude Adriano não empregou. Mas, sua produtividade caía e seu relacionamento estava por um fio, se viu, então, em uma sinuca de bico. Sem contar, a frustração que habitava sua alma, por não ser correspondido em seu maior desejo: uma noite com Letícia, a estagiária de economia.
A menina era uma santa, mas não era boba e estava ganhando a situação em que seu chefe se encontrava. Sentia pena daquele homem. Para ela, o chefe que deveria ser onipotente e onipresente, não passava de um cachorrinho faminto, de olhos tristes. Essa tristeza começou a perturbar, também, Letícia. Sua criação católica a levava a sentir uma piedade anormal pelos mortais. Agora, seu sono também estava comprometido.
O namoro duradouro da moça já não ia muito bem. Rafael, o namorado, morava há dois anos em Botucatu, onde cursava zootecnia. Diferentemente de Letícia, o garoto abusava das bebidas, drogas e festas. Vivia em uma república com mais 10 moleques e traía a namorada com freqüência, desde seu ingresso na faculdade. A namorada desconfiava, mas era cega de amor. Só que com o passar do tempo e a distância esse sentimento enfraqueceu. E a moça passou a ter desconfiança. Tinha uma amiga em Botucatu que contou para ela sobre as atitudes do rapaz. Não teve dúvida, muito fiel e rígida com quem dedica sua fidelidade, terminou o relacionamento com frieza. Sua auto-estima inabalável não deixou Letícia parar um minuto para chorar, pensar e curtir a fossa. Se recuperou apenas aumentando a intensidade dos esportes e saindo com as amigas para compras, cinema e jantares.
Adriano soube do rompimento, se viu ainda mais ansioso. Cheio de dúvidas e inseguranças. Resolveu ligar para ela no final de semana.
- Alô!
- Letícia?
- Sim, quem fala?
O telefone ficou mudo por alguns instantes. O homem pensava “e agora?”
- Oi! Aqui é o Adriano, queria te perguntar uma coisa.
- Ah sim, claro, aconteceu algo no trabalho?
- Então, não, ta tudo bem por lá. Queria saber se você já tem compromisso para essa noite?
- Ahn... Ainda não. Por quê?
A moça já tinha sacado tudo, mas queria ouvir do chefe o convite.
- Que acha de sairmos para jantar?
- Pode ser.
- Umas 9h30 passo te pegar?
- Ok. Te espero às 9h30 então.
- Ótimo! Combinado. Endereço?
Letícia informou sua rua, número e foi logo desabar seu guarda-roupas em busca de um look para o encontro. Não entendia porque havia aceitado, mal acreditava que ele havia ligado para ela. Mas, como quem faz uma boa ação, disse sim ao homem. E, agora, sentia frio na barriga. Não sabia o que esperar daquilo tudo. Não sabia como se vestir, como se comportar, nem como encarar Adriano.
Para relaxar, foi ao salão de beleza, deu um up no cabelo, fez as unhas, e pediu a opinião das amigas do cabeleireiro. Saiu de lá direto para o shopping comprou um vestido azul decotado. Em casa, banho, cremes, maquiagem, bijoux e seu perfume doce. Estava totalmente produzida, quando ele ligou.
- Estou aqui embaixo.
- Estou descendo.
Adriano quase ficou sem ar, ao ver a moça naquele vestido. Respirou fundo e foi cumprimentá-la e abrir a porta do carro, em um gesto cortês. Parecia um bobo a olhá-la. Ela sorria com graça ao perceber o entusiasmo do homem.
O jantar foi ao todo muito romântico. Aquela noite foi uma das poucas, em que Letícia se permitiu beber. E não foi qualquer coisa, Adriano pediu um champagne Veulve Clicquot, e a moça passou das 3 tacinhas. Comeram salmão ao molho de alcaparras, acompanhado de legumes no vapor. Conversaram muito, perceberam que mal se conheciam. A estagiária nem imaginava que seu chefe tinha uma noiva, mas não ficou sabendo nessa noite.
Foram embora do restaurante, Letícia estava bem altinha, afinal nunca bebia. Tinha a face muito rubi e ria bobamente. Adriano já não perdia tempo em investir suas cantadas. Partiram direto para o motel. Ela fingia não entender, mas estava muito entusiasmado com a idéia. Ele havia já reservado a suíte residencial, com tudo que se tem direito. A moça impressionou-se seu namorado jamais a levara a um lugar assim, nem sequer na primeira vez.
Adriano abriu uma outra garrafa de champagne e sentou-se ao lado de Letícia, alisou os cabelos dela e beijou sua nuca. Ela demonstrou aquele arrepio gostoso com um gemidinho tímido. A moça olhou intrigantemente nos olhos do chefe. Ele, agora, podia encará-la, como se o medo tivesse passado por completo. E ela gostava disso, não sentia mais pena por ele, e sim um enorme tesão e delicioso desejo. Subia um frio pela espinha, ela beijou Adriano com vontade. Ele a abraçou forte, e a garota já podia sentir o pênis de Adriano muito excitado. Entre abraços e beijos, a tão católica Letícia transformou-se. Se movimentava devagar e sensualmente, seguiu com um streap tease. Desabotoou sua camisa branca, expondo o sutiã de rendas, depois livrou-se do sutiã, dançando com prazer. Adriano estava ficando louco, alisava sua cintura e bunda, enquanto a moça fazia sua dancinha, olhando fixamente para ele. Tirou a saia comportada e sua calcinha cavada. Adriano, que estava sentado na cama, observando os movimentos delirantes de Letícia, puxou-a para si e chupou seu clitóris, acariciando também sua vulva rosada e perfeitamente depilada.
Ela deliciou-se com a carícia, molhou-se completamente, teve um orgasmo rápido e partiu para cima do homem. Jogou ele de costas na cama, pegou o pênis de Adriano e enfiou dentro de sua vagina e cavalgou. Os dois alucinados e suados, movimentavam-se com empolgação. Letícia comprimia os músculos da vagina, Adriano a puxava para cima e para baixo, ela gemia enlouquecida. Os dois se olharam e sabiam que iam gozar logo. Ele, então, virou a moça, ficando assim por cima, e penetrou-a inteiramente. Ela gozou mais uma vez, e em seguida Adriano também.
O homem soltou o corpo para cima dela, mantendo o pênis dentro. Se acariciaram as costas e ficaram assim mais um tempo. Respiravam e deixavam seus batimentos igualarem e os músculos relaxarem. Se beijaram um pouco mais e dormiram de conchinha, possibilitando novos acontecimentos durante a noite, que foi, digamos, muito longa e prazerosa.